(HuffPost Brasil, 07/08/2016) A modelo internacional Lea T se emocionou – e nos emocionou – ao comentar sua participação na festa de abertura dos Jogos Olímpicos 2016. Foi ela quem apresentou a delegação brasileira na cerimônia, pedalando a bicicleta com o nome do Brasil à frente dos atletas.
Durante uma entrevista no programa Estúdio i, da GloboNews, Lea foi questionada pela apresentadora Leila Sterenberg se ela pensava sobre como estava ‘fazendo história’. A resposta de Lea para a jornalista não poderia ser mais comovente.
‘Eu não fiz história. História faz aquela que está na faculdade tentando estudar, a outra que apanha e acorda no outro dia tentando seguir em frente pra tentar ajudar a família ou ser o que ela é enquanto o mundo todo vai contra. Eu acho que história mesmo quem faz são essas. Eu só represento”
Esta não foi a primeira que a modelo destacou a importância de se dar ouvidos e respeitar não apenas ela, mas toda a comunidade de transexuais. Em entrevista recente à BBC, Léa afirmou que levanta uma bandeira “como qualquer outra transexual”.
“Falo da transexualidade porque faz parte da minha história, mas sou apenas mais uma integrante desta comunidade, sou mais uma. Sei que sou privilegiada por ter a mídia que me ouve, mas cada transexual em sua luta cotidiana tem igual importância para os LGBTs.”
Filha mais velha do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo, Leandra Medeiros Cerezo nasceu em Belo Horizonte, em 1981, mas cresceu na Itália, onde se consagrou como modelo. Desde 2014, ela é o “rosto” da marca Redken, do Grupo L’Óreal.
Em 2015, Lea foi eleita pela revista Forbes como uma das 12 mulheres que mudaram a moda italiana.
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