Vidas perdidas e menor escolaridade seriam responsáveis pelas perdas de até 32 bilhões de dólares em grandes economias, divulgou o Comitê de Direitos Humanos da ONU em vídeo
(LadoBi, 10/12/2015) A homofobia e a transfobia podem custar a economias de tamanho equivalente à da Índia algo em torno de 32 bilhões de dólares por ano. Essa foi a estatística, obtida por um estudo do Banco Mundial, divulgada em um vídeo lançado ontem pela campanha Free & Equal, promovida pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU.
O vídeo, narrado pelo ator Zachary Quinto (o Spock da nova franquia Star Trek e parte do elenco dos primeiros American Horror Story) explica que isso se dá em grande parte pelo desperdício de recursos humanos que o preconceito gera na sociedade. Pesquisas feitas pela organização apontam que mais de 50% dos jovens LGBT já sofreram bullying em algum ponto da vida, e essa é a razão por que um em cada três desses jovens abandonam a escola antes de completar o ensino médio.
Além disso, o preconceito faz com que muitos desses jovens sejam expulsos de casa – 40% da população sem-teto nos EUA é de LGBTs, por exemplo – o que também impede que essas pessoas desenvolvam todo seu potencial pessoal e, consequentemente, econômico.
Há também a simples perda de vidas: pessoas LGBT consideram o suicídio em algum ponto da vida numa incidência quatro vezes maior que a do resto da população. Pessoas trans contemplam o suicídio dez vezes mais que pessoas cis.
O ambiente de trabalho também é responsável pela perda econômica: uma pesquisa europeia revelou que um em cada cinco trabalhadores LGBT declaram já terem sofrido algum tipo de descriminação em seus empregos por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero no último ano. Desemprego, depressão, pobreza e falta de comida são mais prevalentes entre a população LGBT.
Pesquisas feitas em 39 países ligaram diretamente a marginalização da população LGBT com a perda de ganhos econômicos, o que fez com que o combate à discriminação se tornasse uma das principais preocupações da ONU. Ela propõe que corporações criem medidas para evitar a homofobia e transfobia não apenas em seus escritórios, mas também em suas redes de fornecedores, e que países desenvolvam legislações para reprimir o preconceito em suas populações.
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