ONU e embaixadas promovem 1º Festival Internacional de Cinema LGBTI em Brasília na próxima semana

16 de junho, 2016

(ONU Brasil, 16/06/2016) Mostra é gratuita e acontece do dia 20 a 26 de junho no Cine Brasília. Festival vai exibir sete curtas e nove longas de diferentes nacionalidades. Iniciativa acontece na mesma semana da 19ª Parada do Orgulho LGBTI de Brasília.

Como parte das comemorações do Mês do Orgulho LGBTI em Brasília, as Nações Unidas e representações diplomáticas de diversos países vão realizar, do dia 20 a 26 de junho, o 1º Festival Internacional de Cinema LGBTI da capital federal. A mostra exibirá sete curtas e nove longas de diferentes nacionalidades no Cine Brasília. A entrada é gratuita.

Foto: Divulgação

O objetivo do evento é promover a reflexão não apenas sobre diferentes formas de discriminação e violação dos direitos humanos, mas também sobre a importância do respeito a lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e intersexuais e de sua inclusão como protagonistas na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

O Festival será promovido pelas Embaixadas da Bélgica, Canadá, Países Baixos, Dinamarca, Estados Unidos e Noruega e conta com o apoio das Embaixadas da Suécia, França e Reino Unido, da Parada do Orgulho LGBTI de Brasília e das Nações Unidas no Brasil.

A ONU apoia a mostra por meio das iniciativas #ZeroDiscriminação e “Livres & Iguais”, voltadas para a promoção dos direitos humanos e LGBTI. O Festival acontece na semana da 19ª Parada do Orgulho LGBTI de Brasília — que será festejada no dia 26 de junho. Acesse aqui o evento no Facebook.

Junho é mês do Orgulho LGBTI

O mês de junho é celebrado internacionalmente como o Mês do Orgulho LGBTI. Paradas, festas, simpósios, shows e eventos culturais ao redor do mundo prestam homenagem aos protestos de Stonewall, em 1969 — quando ativistas e membros da comunidade LGBTI enfrentaram as forças policiais de Nova York pelo fim da discriminação com base em orientação sexual e em identidade de gênero.

Foto: Divulgação

Desde então, as comemorações representam não apenas o reconhecimento da importância que as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexuais têm em nossa sociedade, mas também uma forma de se posicionar contra a discriminação e pelo fim da violência contra o público LGBTI. Esses eventos celebram a promoção da autoestima, da dignidade, da diversidade, dos direitos e da visibilidade.

As estatísticas do preconceito e da discriminação

O mês do Orgulho LGBTI também é marcado por memoriais e homenagens aos membros da comunidade que morreram em decorrência de crimes de ódio ou de complicações relacionadas à AIDS.

Ao redor do mundo, 74 países ainda criminalizam a homossexualidade. Em pelo menos 5 deles, está prevista a pena de morte para relações consensuais entre adultos do mesmo sexo. Estimativas da Transgender Europe revelam que 100 assassinatos de pessoas trans e gênero-diversas foram reportados nos primeiros quatro meses de 2016 – o número mais alto já registrado nesse período desde o início do acompanhamento, em 2008.

A maioria dos assassinatos de pessoas LGBTI, e especialmente de pessoas trans, acontece na América Latina. Das 1.654 mortes reportadas entre janeiro de 2008 e abril de 2016, o Brasil lidera o ranking com mais de metade das ocorrências.

Entre todas as seis regiões do mundo, os maiores números absolutos foram encontrados em países onde os movimentos trans são fortes e onde as organizações da sociedade civil desenvolvem formas mais precisas de acompanhamento: Brasil (845), México (247), Colômbia (108), Venezuela (104) e Honduras (80) na América Central e do Sul; Estados Unidos (141) na América do Norte; Turquia (43) e Itália (34) na Europa; e na Índia (55), Filipinas (40) e Paquistão (35) na Ásia.

“Bem, é só abrir a janela ou ler os jornais para ver os casos de preconceito, homofobia, sexismo e todo tipo de intolerância, muitas delas violentas, às diferenças de identidade de gênero ou qualquer tipo de orientação diferente da norma histórica e culturalmente estabelecida no mundo”, lamenta o programador do Cine Brasília e um dos curadores do Festival Sérgio Moriconi.

“Através de nossos diálogos com outros países, a nossa ação no âmbito da União Europeia e dos organismos internacionais, bem como através do apoio prestado à sociedade civil, a Bélgica continuará a propor medidas que visam a descriminalização universal da homossexualidade e da transexualidade”, afirmou o embaixador da Bélgica, Josef Smetz.

“A iniciativa belga de coordenar esforços na organização do Festival Internacional de Cinema LGBTI em Brasília se encaixa inteiramente no âmbito de nosso mandato no Conselho de Direitos Humanos, que vai de 2016 até 2018, e de nosso papel como membro do Grupo Orientação Sexual e Identidade de Gênero (SOGI), em Genebra.”

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