Mais da metade de alunos trans da USP denunciam preconceito; Defensoria recomenda ações contra transfobia na universidade

08 de julho, 2021

Pesquisa inédita feita pela Coletiva Xica Manicongo, que representa o movimento estudantil transgênero na universidade, apontou que 52% dos 88 estudantes que se identificaram como transexuais, travestis e não binários relataram ter sido vítimas de ações transfóbicas na instituição. USP respondeu que já adota medidas, como uso do nome social.

( G1 | 08/07/2021 | Por Kleber Tomaz)

Mais da metade de estudantes transgêneros da USP denunciaram ter sido vítimas de preconceito dentro da instituição de ensino e pesquisa. Após levarem as denúncias à Universidade de São Paulo, eles procuraram a Defensoria Pública, que recomendou à USP que adote ações de combate à transfobia institucional.

A pesquisa é inédita e foi realizada pela Coletiva Xica Manicongo de Estudantes Trans, Travestis e Intersexuais da USP, que representa o movimento estudantil transgênero na universidade, apontou que 52% de 88 alunos que se identificaram como pessoas transexuais, travestis e não binárias (refere-se às pessoas que não se percebem como pertencentes a um gênero exclusivamente) relataram ter sido vítimas de ações transfóbicas na instituição.

Procurada pelo G1 para comentar o assunto, a USP informou por meio de sua assessoria de imprensa que, desde 2010, adota um programa de diversidade que visa garantir “a inclusão, a igualdade, a solidariedade, a promoção e o fortalecimento do respeito aos Direitos Humanos”.

“O parecer citado pela Defensoria já prevê a utilização do nome social em documentos oficiais e documentos internos da graduação”, informa trecho do comunicado da USP ao G1. “Além disso, há muitos anos, a USP criou o Programa USP Diversidade, vinculado aos programas USP-Comunidade da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU)”.

Mas segundo a Coletiva Xica Manicongo, essas medidas não vêm sendo cumpridas. Entre as principais queixas dos alunos estão relatos de constrangimentos porque professores e funcionários não os chamam por seus nomes sociais.

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