(Ponte, 08/08/2015) “Nossa liberdade encontra o limite da libido masculina, como se o homem fosse incapaz, como um animal irracional, de controlar seus desejos, e como se a mulher, caso queira ser verdadeiramente livre, pague o preço da violência. Sim, violência porque se não há consentimento, se existe o “não” da mulher, ninguém pode avançar e violar sua sexualidade, sua honra. É direito, reconhecidamente nobre. Sua violação é considerada grave, fere os direitos humanos das mulheres. As violações às liberdades sexuais das mulheres penetram num universo muitas vezes incorrigível, que é o mal psicológico. São violações que não se restringem ao momento de sua prática. Não se restringem ao ataque no ônibus, ao toque nos seios, à conjunção carnal, etc. Ferem a alma. Invadem um território íntimo, particular, único. A cada pesadelo, um novo trauma, uma sombra que persegue a memória da mulher. É compreensível que, na história, a mulher tenha ficado extremamente assustada. Ela saiu de casa e pensou no risco. Viu o homem e pensou no risco. O risco aconteceu e nada mudou à sua volta. Sua única defesa foi ir embora. O ônibus partiu e só restou o trauma”, comentou a promotora da Justiça do MP-SP, Fabíola Sucasas Negrão Covas sobre o caso.
Acesse a íntegra no Portal Compromisso e Atitude: Mulher sofre abuso sexual dentro de ônibus em São Paulo (Ponte, 08/08/2015)