13/12/2013 – Debate conclui que salário menor é apenas uma das formas de discriminação contra mulher

13 de dezembro, 2013

(Câmara dos Deputados) A Câmara dos Deputados participou da campanha internacional de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher. A programação terminou oficialmente no dia 10 de dezembro, mas os parlamentares continuam atentos ao problema. A Comissão de Trabalho promoveu uma reunião para discutir a discriminação contra as mulheres no ambiente de trabalho, que tem impacto na economia do País.

O último censo do IBGE mostrou que, na média, as mulheres têm mais anos de estudo do que os homens. Apesar disso, o salário da mulher trabalhadora corresponde a 70% do valor que um homem recebe pelo mesmo trabalho. A diferença de salário é apenas uma das formas de discriminação. É o que pensa a sindicalista Eleusa Cássia Bufelli, da União Geral dos Trabalhadores.

“Como eu venho de uma categoria feminina – eu sou da confecção – , a questão da violência, de ser menos valorizada… essas dificuldades trazem marcas para uma vida inteira.”

O deputado Roberto Santiago, do PSD de São Paulo, propôs a audiência pública na Comissão de Trabalho para discutir o problema.

“O problema do emprego, assédio no trabalho, agressões que aumentam. Para que se possa mudar o paradigma cultural, tem que fazer debate e legislação em todos os momentos, para criminalizar quem não tem o devido respeito.”

Além do salário mais baixo, há outras formas de discriminação no ambiente de trabalho, como o assédio sexual, por exemplo. Mas há outro tipo de assédio que é, ao mesmo tempo, mais frequente e mais difícil de comprovar. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos, Dieese, participou da audiência e a pesquisadora Lilian Arruda explica o que é o assédio moral.

“Assédio moral pega muito mais do que o sexual. O assédio moral se dá de muitas formas, pela humilhação, pelo isolamento…”

A criação da Secretaria de Políticas para Mulheres na Presidência da República, em 2003, e a aprovação pelo Congresso Nacional da Lei Maria da Penha, em 2006, foram considerados na audiência os principais avanços no combate às agressões contra mulheres.

Acesse o PDF: Debate conclui que salário menor é apenas uma das formas de discriminação contra mulher (Câmara dos Deputados – 13/12/2013)     

 

 

 

 

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