(O Estado de S. Paulo) Matéria de Eryn Brown, do L.A.Times/ Los Angeles, publicada no Estadão, destaca que estudantes envolvidos em episódios de bullying – assédio físico e moral – têm maior probabilidade de apresentar comportamentos de risco, como notas baixa e uso de drogas e álcool. Muitos praticantes e vítimas declararam sofrer algum tipo de violência familiar.
Os dados são baseados na Pesquisa sobre Saúde dos Jovens de Massachusetts, uma pesquisa anônima realizada com cerca de 6 mil estudantes do ensino fundamental e médio nos Estados Unidos, em janeiro de 2009.
Os estudantes entrevistados foram divididos em quatro grupos: bullies (somente os praticantes), praticantes-vítimas de bullying, vítimas, e “nenhum dos casos” (que situou os adolescentes que nunca estiveram envolvidos na prática de bullying).
A pesquisa concluiu que 43,9% dos alunos do ensino fundamental foram afetados por bullying, assim como 30,5% dos que frequentavam o ensino médio.
Os praticantes-vítimas mostraram-se mais de três vezes mais propensos a responder que consideraram seriamente o suicídio, se feriram intencionalmente e eram fisicamente agredidos por um membro da família, além de presenciar atos de violência familiar. Esse grupo tinha maior probabilidade de ter sido expostos à violência familiar do que os praticantes, que por sua vez foram com maior probabilidade mais expostos do que vítimas, as quais, por sua vez, foram mais provavelmente expostas do que as crianças que não eram nem praticantes nem vítimas.
Saiba mais: Estudo liga bullying a violência familiar (O Estado de S. Paulo – 24/04/2011)