(Portal G1) O procurador-geral do Irã, Gholam Hussein Mohseni Ejei, anunciou que Sakineh Mohamadi Ashtiani, a iraniana acusada de adultério e cumplicidade no assassinato do marido, foi condenada à morte por enforcamento pelo segundo crime.
Em declarações divulgadas pela agência iraniana de notícias Mehr, órgão não oficial, o procurador Mohseni Ejei explicou que, “de acordo com a decisão do tribunal, Sakineh Ashtiani foi acusada de assassinato e condenada por este delito”. De acordo com a agência, a decisão suspenderia a execução de Sakineh por apedrejamento, mas não a livraria da pena de morte, já que o assassinato é punido com a forca no Irã.
“A questão não deve ser politizada. O Poder Judiciário não pode se deixar influenciar pela campanha empreendida no Ocidente”, disse o procurador.
Meses atrás, o advogado de Sakineh afirmou que ela havia sido condenada por adultério e que seria executada por apedrejamento. A pena gerou uma onda de protestos internacionais, o que obrigou o regime iraniano a suspender a sentença para que fosse reavaliada.
Na semana passada, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad comparou o caso de Sakineh com o da norte-americana Teresa Lewis, executada nos Estados Unidos por mandar matar o marido.
Acesse essa reportagem: Acusada de adultério será enforcada e não apedrejada, diz agência iraniana (Portal G1 – 27/09/2010)