(G1) A ativista iraniana Mina Ahadi, que luta para libertar condenados à pena de morte em seu país, afirmou que a interferência do presidente Lula poderia mudar a pena de Sakineh Mohammadi Ashtiani, sentenciada à morte por apedrejamento por supostamente haver cometido adultério.
Recentemente, o presidente afirmou que não pretende interceder junto ao governo do Irã.
“Lula certamente pode [convencer o regime iraniano de não executar Sakineh]. Se ele é próximo de [presidente Mahmoud] Ahmadinejad, pode simplesmente fazer uma ligação para ele e tentar ajudar. A nossa luta não é apenas para evitar que ela se livre da execução por apedrejamento, mas para que seja libertada imediatamente”, declarou Mina Ahadi ao G1.
Na semana passada, o ministro das Relações Exterioes, Celso Amorim, telefonou para o colega iraniano, Manouchehr Mottaki, para pedir o cancelamento da pena de Sakineh.
Presa desde 2006, Sakineh foi condenada a 99 chibatadas pelo suposto adultério. Tempos depois, a reabertura do processo decidiu por sua execução. “No ano passado nós salvamos outra mulher de ser executada por apedrejamento”, diz Ahadi. “Se continuarmos com essa pressão e continuarmos a campanha internacional, teremos uma chance de livrá-la.”
Mobilização no Brasil
Com o mote “Liga Lula”, uma campanha lançada no Twitter pede que o presidente ligue pessoalmente para o governo iraniano para interceder pela iraniana. Um vídeo da mobilização, postado no Youtube já teve mais de 13 mil acessos.
Há ainda um abaixo-assinado da representação brasileira da ONG Avaaz, presente em 195 países, que até 29 de julho já contava com mais de 540 mil assinaturas.
Leia mais: Lula pode ajudar a libertar condenada a apedrejamento, diz ativista iraniana (G1 – 30/07/2010)