Banco Mundial analisa iniciativas eficientes contra violência de gênero

23 de setembro, 2016

Atividades devem ser de longo prazo e envolver toda a comunidade, segundo análise feita em 290 avaliações de impacto.

O Banco Mundial apresentou nesta quinta-feira, em Brasília, durante o 10º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os resultados de uma pesquisa global que mostra as práticas mais eficientes contra a violência de gênero.

(Rádio ONU,  23/09/2016 – Acesse no site de origem)

O trabalho, realizado desde 2012 com a Universidade George Washington, nos Estados Unidos, revela alguns pontos em comum entre essas práticas.

Infância

Elas duram pelo menos seis meses, investem em comunicação e abrangem toda a comunidade, mulheres e homens, desde a infância até a terceira idade. No caso dos países mais pobres, ainda associam atividades de desenvolvimento econômico, como microcrédito para mulheres, à capacitação sobre igualdade de gênero.
Para chegar às conclusões, a equipe de estudos analisou 290 avaliações de impacto e encontrou 27 intervenções que de fato diminuíram a violência contra mulheres e meninas.

Oitenta por cento delas estão nos países desenvolvidos, em especial nos Estados Unidos e no Canadá. Mas os pesquisadores também encontraram na América Latina, mais especificamente na Costa Rica, boas iniciativas para diminuir os feminicídios.

Falando em espanhol, a colombiana e especialista em gênero Diana Arango, do Banco Mundial, explicou o que reduz a eficiência dessas atividades.
“O que não funciona são iniciativas de curto prazo. O que não funciona é um treinamento de uma semana onde uma pessoa chega, pensa que vai mudar as normas e atitudes de um grupo, vai embora e não dá continuidade. Esse é um tipo de intervenção que não deveria mais ser feito por ser um investimento que não funciona.”

As recomendações foram reunidas em um documento publicado em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O relatório está disponível online para todos os profissionais que trabalhem com desenvolvimento e desejem incluir em seus projetos atividades contra a violência de gênero.

Mariana Ceratti, de Brasília*, para a Rádio ONU.
*Reportagem do Banco Mundial Brasil

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