“Não é não!” Este é um dos temas da campanha nacional de combate ao assédio contra mulheres no carnaval. Durante este período, cenas de assédio e violência contra a mulher acontecem com maior frequência, sob a justificativa de “vale tudo nessa época do ano”. Com o objetivo de desmistificar algumas situações, O Coletivo de Mulheres da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros lançou, no dia 6/2, ilustrações e uma história em quadrinhos sobre o tema. Um dos objetivos é alertar pedagogicamente os homens sobre a importância do consentimento da mulher e sobre práticas machistas. “Os casos de violência e assédio contra mulheres, durante o carnaval, aumentam muito. Nosso objetivo é fortalecer a rede de solidariedade, apoio e luta de diferentes grupos de mulheres em todo o Brasil e também pressionar por uma resposta do poder público que, muitas vezes, naturaliza tais práticas”, afirmou a diretora da mulher da Fisenge, a engenheira química, Simone Baía, que ainda destacou: “Precisamos falar sobre consentimento e isso significa que a decisão é da mulher e os nossos corpos não podem ser tratados como públicos. Exigimos respeito e direitos”.
A campanha ganhou força nas ruas de cinco estados por meio da distribuição de tatuagens com os dizeres “Não é não” e também por meio da entrega de leques com informações sobre consentimento e locais de denúncia, promovida pela Comissão da Mulher da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Em Belo Horizonte, os blocos Alô Abacaxi, Garotas Solteiras, Bruta Flor, Acorda Amor e É o Amô são parceiros do projeto “Não é não”.
Em Pernambuco, aconteceu, em 2017, a iniciativa #AconteceuNoCarnaval e, em 2018, houve o lançamento de uma ferramenta para receber relatos (https://www.aconteceunocarnaval.meurecife.org.br/). Em Vitória (ES), a Prefeitura lançou as campanhas “Depois do não é tudo assédio” e “Fantasia não é convite.
Em casos de violência e assédio durante o carnaval, disque 180 ou procure uma Delegacia da Mulher.