ONU propõe criação de observatórios para combater feminicídios

19 de setembro, 2017

Proposta deve ser adotada globalmente para fornecer dados comparativos e recomendações para governos

(O Estado de S. Paulo, 18/09/2017 – acesse no site de origem)

A Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou uma proposta para a criação de observatórios para combater os feminicídios. A proposição foi elaborada pela especialista em violência contra a mulher da ONU, Dubravka Simonovic, em conferência em El Salvador nesta segunda-feira, 18.

Leia mais: ONU destaca importância das parcerias para acabar com a violência de gênero (ONU Brasil, 19/09/2017)

Simonovic afirmou que a violência de gênero e os feminicídios precisam ser erradicados e que a iniciativa deve ser adotada em nível global. A especialista explicou que os observatórios servirão para ter dados comparativos e permitirão fazer análises sistemáticas e recomendações para os governos.

“A violência contra a mulher varia de país para país. A iniciativa de ter observatórios serve para comparar os níveis de violência”. No mesmo tom, a presidente do Fórum da Mulher na Europa, Elizabetta Gardini, disse ser necessário que mais mulheres ocupem cargos importantes. “O mundo inteiro está preocupado com a violência que as mulheres sofrem diariamente”, afirmou.

Violência contra a mulher

Especialistas afirmam que violência contra a mulher é global e varia de país para país. (Foto: Reuters)

Um documento divulgado também nesta segunda-feira pela Fundação Heinrich Böll, organização política independente, diz que os feminicídios não se restringem unicamente a países subdesenvolvidos. A publicação lembra que na França as mortes violentas dentro de uma relação representam cerca de 20% dos homicídios anuais. Em 2015, 122 mulheres foram assassinadas pelos seus cônjuges ou ex-maridos no país.

Por outro lado, denuncia que em países como México existe uma “criminalização da legítima defesa” das mulheres. O documento ressalta ainda que a impunidade nos delitos de violência de gênero “perpetua a violência feminicida”.

Brasil. No País, a Central de Atendimento à Mulher realizou 1,13 milhão de atendimentos a mulheres em 2016, um aumento de 51% em relação ao registrado em 2015.

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