(Luciana Araújo/Portal Compromisso e Atitude) Às vésperas da divulgação dos dados da pesquisa “Percepções sobre a violência e assassinatos de mulheres” o Portal Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha entrevistou a socióloga e especialista em pesquisas de opinião Fátima Pacheco Jordão para falar sobre os resultados do levantamento. Confira abaixo a íntegra da conversa, na qual Fátima destacou como principal novidade trazida pelos resultados do levantamento a percepção popular sobre a radicalização da violência contra as mulheres, concretizada nos crescentes índices de assassinatos com motivação de gênero.
A pesqusa foi realizada pelo Data Popular em parceria com o Instituto Patrícia Galvão e ouviu 1.501 pessoas entre os dias 10 e 18 de maio deste ano. O resultados do levantamento podem ser conhecidos aqui.
Sabemos que a violência contra a mulher é uma realidade na vida das brasileiras. Nesse contexto, qual o significado dos dados da pesquisa?
Fátima Jordão – A pesquisa aponta de várias maneiras um fato novo, que é a sensibilidade da sociedade em relação a essa questão. Por exemplo, o Brasil vive um contexto no qual a violência de uma maneira geral é um aspecto importante na percepção das pessoas. A violência, a rigor, é o principal problema brasileiro na visão dos entrevistados. E, se tiramos a questão da saúde, a violência é um problema superior a todos os outros, como drogas, educação, corrupção, desemprego, e assim por diante.
Mas o mais importante nesse contexto é que a pesquisa mostra que a agressão contra mulheres é vista como um aspecto da violência predominante, se inscreve como um dos vetores principais. 56% acham que as agressões contra mulheres, estupros etc. estão entre os crimes mais recorrentes no Brasil.
Leia a íntegra no Portal da Campanha Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha: