(Opera Mundi, 03/07/2014) Com a escalada de violência no Iraque, a ONU anunciou grave preocupação com o uso de meninas e mulheres como armas de guerra. Em relatório, a organização internacional denunciou que as iraquianas estão sendo vítimas de raptos, estupros e casamentos forçados com membros do grupo extremista sunita Estado Islâmico.
A diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, expressou profunda preocupação com os recentes relatos de algumas iraquianas que cometem suicídio logo após serem estupradas ou forçadas a se casar com os jihadistas.
Mlambo-Ngcuka ainda mencionou casos de homens que também se suicidam depois de serem forçados a assistir suas esposas ou filhas serem estupradas. Para a diretora, tais violações de direitos humanos trazem consequências devastadoras e duradouras não só para mulheres e meninas, mas à família em geral.
Estima-se que 20 mil mulheres e garotas iraquianas estão em risco de sofrer algum tipo de violência sexual, principalmente nas regiões norte e oeste do país, afirmou o Fundo de População das Nações Unidas no início desta semana. De acordo com a agência, pelo menos 250 mil iraquianas – incluindo cerca de 50 mil grávidas – precisam urgentemente de cuidados médicos.
Em meados de junho, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou a escalada da violência terrorista no Iraque e pediu aos líderes iraquianos tomarem medidas rápidas para enfrentarem a crise. O líder das Nações Unidas também pediu solidariedade da comunidade internacional face à atual situação do Iraque, que já deixou mais de 1,2 milhão de refugiados e um total de pelo menos 2,2 milhões de deslocados desde o início de junho.
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