(Nexo, 18/07/2016) ‘Legítima defesa da honra’ é uma tese que está em desuso por aqui, mas tem um histórico de sucesso nos tribunais para atenuar pena de assassinos
Idolatrada por falar abertamente de sexo e odiada por conservadores, a webcelebridade paquistanesa Qandeel Baloch, de 26 anos, foi estrangulada e morta pelo seu irmão Muhammad Wasim na sexta-feira (15). Foi mais uma entre centenas de mulheres assassinadas por parentes no Paquistão sob a justificativa de “limpar a honra” da família.
No país do sul da Ásia, os assassinos nesses casos são protegidos por brechas da lei que permitem a anulação da punição. Se a família perdoar o criminoso, a Justiça também o faz. Trata-se de um procedimento que leva em conta uma suposta “defesa da honra”.
Até pouco tempo atrás, o Brasil registrava vários casos em que assassinos conseguiam abrandar suas penas usando o argumento de “legítima defesa da honra”.
André Cabette Fábio
Confira a íntegra da reportagem no site de origem: Paquistanesa foi morta pelo irmão ‘em defesa da honra’. Argumento já foi usado no Brasil (Nexo, 18/07/2016)