(Correio Braziliense, 21/01/2016) Medida foi criticada pelo Sindicato dos Policiais Civis, que fez protesto em frente ao Palácio do Buriti. Categoria alega deficit de 4,7 mil profissionais
O decreto de criação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência foi assinado pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB), nesta quinta-feira (21/1). A medida foi recebida sob protestos pelo Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF). O líder do Executivo local afirma que até o fim de fevereiro serão chamados 100 policiais e 20 escrivães para o efetivo da corporação. Representantes da categoria alegam, no entanto, deficit de 4,7 mil funcionários.
Na solenidade, que foi realizada no Palácio do Buriti, estiveram presentes representantes religiosos, que defenderam ser um grande avanço a criação da delegacia especializada. A presidente da presidente da Fundação Cultural Palmares, Cida Abreu, ressaltou que a medida representa uma vitória para o país. “Depois de 300 anos de luta, qualquer medida que combata o racismo e a intolerância é uma medida atrasada, mas não uma medida que não vem em um momento importante. Esse é um dia que representa a vitória de todo o país”, ressaltou.
Rollemberg mencionou os recentes casos de intolerância ocorridos na capital federal e disse acreditar que a criação desse departamento vai diminuir o número de ocorrências. “Eu acredito que um dia essa delegacia não será mais necessária. Temos que ter a convicção que fazemos parte do mesmo mundo e temos que nos respeitar. Esse é o primeiro passo para a cura de uma sociedade doente. É inaceitável que, na capital da República, ainda possamos conviver com esses crimes”.
A delegacia será instalada no prédio do Departamento de Polícia Especializada, próximo à saída do Parque da Cidade e será chefiada pela delegada Gláucia Cristina da Silva.
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