(G1, 29/07/2016) Ela foi vítima de ataques na internet em julho do ano passado.
Grupo virou réu por racismo, injúria, falsidade ideológica e outros crimes.
A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra quatro homens acusados de planejar e executar ataques racistas em redes sociais à jornalista Maria Julia Coutinho, a Maju, em julho do ano passado, informou o Jornal Nacional.
O grupo virou réu pelos crimes de racismo, injúria, falsidade ideológica, corrupção de menores e associação criminosa na internet. Se condenados, suas penas podem chegar a 20 anos de prisão. Eles negam os crimes.
Em 18 páginas, a denúncia do MP conta como os acusados planejaram e executaram os ataques contra a jornalista, ocorrido no dia 3 de julho do ano passado. Érico Monteiro dos Santos, Rogério Wagner Sales e Kaique Batista marcaram o dia e os horários e tiveram a ajuda do profissional de informática Luis Carlos de Araujo (assista, abaixo, a reportagem sobre a investigação da Promotoria). Eles induziram outras pessoas a praticar os crimes, entre elas menores de idade.
Em dezembro, a polícia apreendeu o computador de Kaique. Na época ele negou que tivesse publicado ataques contra Maju. Érico Monteiro dos Santos, chefe do grupo, também negou participação nos crimes contra a jornalista, mas admitiu em depoimento que promovia ofensas na internet.
Quatro menores que confirmaram também ter feito as ofensas são considerados coautores e vítimas de corrupção de menores. A Promotoria da Infância e Juventude vai analisar a participação deles. O G1 não localizou a defesa dos quatro réus para comentar a decisão da Justiça.
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