Polícia não acredita que BMW seja de mulher negra e a interna à força

15 de setembro, 2015

(Portal Fórum, 15/09/2015) A polícia de Nova Iorque apreendeu o veículo e ainda a internou em um hospital psiquiátrico alegando que ela sofria de transtorno bipolar. A bancária Kamilah Brock anunciou agora que processará a administração municipal por racismo: “Senti como se estivesse em um pesadelo”

A atuação da polícia de Nova Iorque fez com que a administração municipal se tornasse alvo de um processo por conta de um episódio quase surreal de conotações racistas. A bancária Kamilah Brock anunciou esta semana que entrará com uma ação contra o município pela discriminação que sofreu no início do ano por parte de forças policiais. Ela teve seu veículo apreendido e ficou internada à força durante oito dias por não acreditarem que a BMW que dirigia era sua.

De acordo com Brock, ela estava parada no farol vermelho com as mãos no volante quando foi abordada por um agente, que teria questionado “o que ela estava fazendo ali”. Ela respondeu que estava ouvindo música e, sem nenhuma justificativa, foi levada a uma delegacia onde teria passado horas detida sem ser acusada de nenhum crime. Com sua BMW apreendida, foi orientada a retornar ao local no dia seguinte para retirar o veículo mas, quando o fez, ninguém quis acreditar que fosse realmente a proprietária e a encaminharam, à força, para um hospital psiquiátrico.

A justificativa para a internação seria de que ela, supostamente, sofria de transtorno bipolar por afirmar constantemente que possuía um carro de luxo e que era bancária. Ao longo do período de internação, diz ter sido sedada e desnudada e ainda foi obrigada a pagar cerca de R$ 50 mil pelo serviço.

Seu advogado garante, no entanto, que Kamilah não mentiu em nenhuma de suas alegações e que em nenhum momento foi ouvida, simplesmente por ser negra. “Se uma mulher branca estivesse tentando recuperar sua BMW apreendida pela polícia, ela teria se tornado uma vítima?”, questionou o defensor, que garante ainda que a mulher sequer tem históricos de problemas psicológicos.

“Senti como se eu tivesse em um pesadelo. Eu não entendia por que aquilo estava acontecendo comigo”, afirmou Kamilah em entrevista à rede norte-americanal PIX 11.

Agora alvo de processo, a prefeitura de Nova Iorque informou que não se pronunciará sobre o caso até que sejam concluídas as apurações.

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