(Folha de São Paulo| 12/03/2021 | Por Márcia Lima e Ian Prates)
O aumento da vulnerabilidade econômica, da violência e da sobrecarga de trabalho doméstico das mulheres em meio à pandemia é o resultado de escolhas políticas e déficit de democracia. Isso se evidencia nas medidas tomadas pelo governo federal desde março de 2020.
Não é preciso uma comparação com países considerados modelos no que concerne à igualdade de gênero, como Dinamarca, Finlândia, Noruega, Suécia, Holanda e Canadá.
Basta constatar que fizemos menos que vários de nossos vizinhos latino-americanos e, em algumas áreas, menos do que Burquina Faso, Etiópia, Nigéria, Burundi.
Os dados são do Covid-19 Global Gender Responde Tracker, da ONU Mulheres, que classificou as medidas tomadas pelos governos mundo afora em três categorias: amenizar os efeitos da insegurança econômica; dar suporte ao trabalho doméstico não remunerado; e violência contra as mulheres.