Entre as 12 representantes globais, há uma brasileira. Iniciativa propõem mudanças que extrapolem o meio digital
(Claudia | 20/09/2021 | Por Isabella D’Ercole)
A internet e tudo que acontece nela é um reflexo do mundo real – para o bem e para o mal. Da mesma forma que ela permite que as pessoas descubram novas culturas e conheçam outras pessoas com interesses em comum, ela também abriga a violência que acontece no nosso dia a dia.
Até pouco tempo, aplicativos, plataformas e redes olhavam para essa questão de forma bastante específica, como se coubesse a cada um resolver apenas o que se passava no seu território. Contudo, com a noção de que a internet extrapola suas vivências, grandes players globais, como o Facebook – cujo grupo inclui também o Instagram e o WhatsApp –, passaram a assumir a responsabilidade pelo reflexo do online no real.
Há pouco mais de 8 meses, o Facebook criou o Grupo Global de Conselheiras Especialistas em Segurança da Mulher, que reúne representantes de 12 organizações do mundo todo que combatem a violência contra a mulher. Enrica Duncan, diretora do projeto Nossas, foi escolhida como a representante brasileira.
“Acho que tem muito a ver com o tempo de maturação da empresa. O Facebook foi crescendo, nos atentamos a várias questões e escolhemos as frentes que queríamos atuar mais amplamente. O grupo foi criado seis meses antes do anúncio que fizemos sobre ele, porque o intuito não é só mostrar publicamente o esforço, mas realmente pensar em como usar nossa força para mudar o espaço em que estamos inseridos”, explica Daniele Kleiner, Gerente de bem-estar e segurança do Facebook para a América.
Para ela, há riqueza em unir experiências locais que possam impactar em soluções globais. “É sobre pensar em como as plataformas podem ser mais acolhedoras para as mulheres, como ajudar para que elas se sintam mais seguras nas redes, como criar ferramentas para que as mulheres não sejam silenciadas”, explica Daniele.