O lugar mais perigoso para uma mulher não é uma rua escura. É a sua própria casa. É o que diz um novo relatório divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), que analisou os homicídios de mulheres e meninas relacionados ao gênero.
(Revista Donna, 03/13/2018 – acesse no site de origem)
Das 87 mil mulheres assassinadas no mundo no ano de 2017, cerca de 50 mil foram mortas por um conhecido. Aproximadamente 30 mil casos foram de autoria de companheiros íntimos.
– Como esta pesquisa mostra, assassinatos de mulheres e meninas relacionados a gênero continuam sendo um problema grave entre as regiões, em países ricos e pobres. Enquanto a grande maioria das vítimas de homicídio é formada por homens, mortos por estranhos, mulheres são muito mais propensas a morrer nas mãos de alguém que elas conhecem – considerou Yury Fedotov, diretor executivo do UNODC, em texto no prefácio do documento.
O maior número (20 mil) de mulheres mortas em todo o mundo por parceiros íntimos ou familiares em 2017 foi registrado na Ásia, seguido da África (19 mil), das Américas (8 mil) e da Europa (3 mil).
Contudo, a África foi considerada o continente onde as mulheres correm o maior risco de serem mortas em casa, com cerca de 3,1 vítimas a cada 100 mil mulheres. A Europa, com 0,7 vítimas por 100 mil mulheres, é a região onde o risco é menor.
O relatório do UNODC ressalta a necessidade de criar mais programas contra a violência de gênero. Além disso, o documento faz um apelo para que os governos ajudem a abordar o assunto.