(Veja | 28/04/2022 | Por Camille Mello, Duda Monteiro de Barros)
Na canção mais conhecida da banda britânica The Police, Every Breath You Take, o vocalista Sting diz que vai continuar acompanhando cada passo, suspiro e sorriso da musa que o abandonou. “Estarei te vigiando”, promete, no célebre refrão. Transportada para a vida real, uma declaração nesses termos ganha, inevitavelmente, um sinistro tom de obsessão, a marca registrada de um crime que a internet facilitou e amplificou tremendamente: o stalking, nome em inglês que define o ato de, em nome de uma paixão ou admiração doentia, a pessoa perseguir, ameaçar, atormentar e invadir reiteradamente a privacidade de outra. Delito reconhecido e punido na Europa e nos Estados Unidos há mais de três décadas, o stalking só foi incluído no Código Penal do Brasil no ano passado. E, de lá para cá, o número de denúncias levadas à Justiça não para de aumentar, tirando o assunto das sombras e conduzindo-o aos holofotes.
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