Mortes maternas aumentam 40% no primeiro ano de pandemia, aponta Fiocruz

19 de janeiro, 2023 Correio Braziliense Por Jéssica Andrade

Segundo o artigo, as gestantes e puérperas foram mais penalizadas pela pandemia do que a população em geral

Um estudo do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta que houve um aumento de mortes maternas em 2020, ano em que a pandemia causada pelo coronavírus chegou ao Brasil. De acordo com a pesquisa, o aumento foi de 40%, quando comparado aos anos anteriores. A pesquisa, publicada nesta quinta-feira (19/1) na revista cientifica BMC Pregnancy and Childbirth, aponta ainda que, mesmo considerando a expectativa de aumento das mortes em geral em decorrência da pandemia, ainda assim houve um aumento de 14% nos óbitos. O estudo atribui o excesso de mortes maternas, direta e indiretamente, à covid-19.

Segundo o artigo, as gestantes e puérperas foram mais penalizadas pela pandemia do que a população em geral. As chances de óbito foram maiores quando a mulher era negra, residia na zona rural e foi internada fora do município de residência, representando um aumento de 44%, 61% e 28%, respectivamente. Em 2020, o país registrou 549 mortes maternas por covid-19, principalmente em gestantes no segundo e terceiro trimestres.

A pesquisa revelou ainda que a hospitalização de gestantes com diagnóstico de covid-19 foram 337% maiores do que o restante da população. Para as internações em UTI, as chances foram 73% maiores e o uso de suporte ventilatório invasivo 64% maior que os pacientes em geral.

O estudo utilizou dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) para óbitos por covid-19 nos anos de 2020 e 2021, e comparou com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade no ano de 2020 (quando já havia pandemia) e nos 5 anos anteriores, para estimar o número esperado de mortes maternas no país.

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