Uma a cada quatro mulheres precisou sair de cidade para dar à luz no SUS

Secretaria de Saúde faz busca ativa de pacientes no Rio

Rio de Janeiro (RJ), 21/08/2023 – Clínica da Família Pedro Fernandes Filho, em Irajá, na zona norte da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

14 de fevereiro, 2025 CNN Por Guilherme Gama e Rafael Villarroel

Levantamento analisou quase sete milhões de partos nos anos de 2010, 2011, 2018 e 2019

Um estudo feito pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde, vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontou que pelo menos uma a cada quatro mulheres precisou sair de seu município para dar à luz em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS).

O levantamento levou em conta mais de 6,9 milhões de partos nos intervalos de 2010 e 2011 e 2018 a 2019.

O problema é mais grave nas regiões Norte e Nordeste, as mais pobres do país, e mostra que as gestantes percorrem as maiores distâncias (entre 57km e 133 km) e enfrentam mais dificuldades de acesso (entre 54 e 355 min).

“Para efeito de comparação, no Sudeste e no Sul do Brasil, essas viagens costumam ser bem menores: elas podem variar entre 37 km e 56 km, durando entre 38 min e no máximo 52 min”, destacou a coordenadora do estudo, Bruna Fonseca.

Ainda segundo Bruna, embora algumas políticas busquem reduzir a distância das viagens, elas não definem as referências específicas para o que é de fato a distância e o tempo aceitável para dar à luz.

A regulamentação atual do SUS estipula uma taxa de 0,28 leitos obstétricos para cada 1.000 habitantes dependentes do SUS, mas, existem diferenças regionais, assim como etária, e de fecundidade.

O estudo também mostrou que mulheres que enfrentaram óbito materno e/ou neonatal viajaram por distâncias e tempos maiores para dar à luz no SUS.

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