O governo de Luiz Inácio Lula da Silva reposicionou o Brasil no debate sobre o direito das mulheres nos fóruns internacionais, adotando uma postura de denúncia da misoginia e inaugurando uma nova política para o tema no exterior. Nesta quarta-feira, em Buenos Aires, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, fez parte de um esforço do Mercosul para elaborar uma lista de dez recomendações de enfrentamento à violência política de gênero e à misoginia.
Essa foi a primeira iniciativa internacional da nova pasta que, internamente, havia iniciado um processo de afastamento de todas as políticas criadas nos últimos quatro anos e das alianças fechadas pelo governo de Jair Bolsonaro parceiros ultraconservadores no mundo.
Por sugestão da delegação brasileira, foi incluído no texto final do encontro do Mercosul o conceito da misoginia enquanto manifestação do ódio às mulheres, que visa expulsá-las dos espaços de poder.