(Claudia | 24/05/2022 | Por Redação)
Como identificar se fui alvo de violência política? O que faz com que alguns grupos sociais se tornem mais alvo de violência que outros? Em caso de ser vítima de violência política, a quem devo recorrer? Em quais espaços esse tipo de violência pode vir a ocorrer? As respostas para estas e outras perguntas, além dos principais marcos normativos e informações sobre os locais para fazer denúncias, integram o Guia Para o Enfrentamento da Violência Política de Gênero, lançado nesta quarta-feira (25) pela organização Redes Cordiais e pelo centro de pesquisa InternetLab.
De acordo com as organizações Terra de Direitos e Justiça Global (2020), os casos de violência política aumentaram no Brasil após as eleições de 2018, passando de 36 casos registrados em 2017 para 136 em 2019, o que representa um crescimento de 100 casos de um ano ao outro. Ressalta-se, ainda, que trata-se de casos que foram identificados e denunciados. Se considerada a subnotificação, é possível que este cenário se revele ainda mais violento.
Além disso, segundo pesquisa do Instituto Alziras (2018), 53% das prefeitas brasileiras afirmam ter sofrido assédio ou violência política por serem mulheres. Esse número aumenta para 91% quando se trata de mulheres com menos de 30 anos, e se estende por todos os municípios e estados, e para todas as funções que envolvam o exercício de direitos políticos (mandatos eletivos, participação em partidos e associações, militância, e manifestações políticas de modo amplo).