(Universa | 15/12/2020 | Por Luiza Souto)
Em abril de 2018, a estudante de enfermagem Rafaella Antunes Ferreira foi internada na UTI do Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha, gerido pelo Estado de São Paulo. Aos 22 anos, ela sofria de um distúrbio renal que a deixava inchada e sem poder andar ou falar direito. Presa por muitos fios ao leito hospitalar e mantida com respirador, mas ainda consciente, Rafaella relatou à mãe ter sido estuprada duas vezes no hospital.
Ela morreu em maio daquele ano em decorrência da doença. Até hoje, porém, a autônoma Rosineide Antunes de Souza, 49, luta por justiça e tenta provar o crime que a filha relatou. O boletim de ocorrência feito pela mãe é um dos 82 casos de estupro (na forma tentada ou consumada) registrados entre janeiro de 2018 e outubro de 2020 dentro de locais da capital paulista que prestam serviços de saúde -como casas de repouso, clínicas psiquiátricas, consultórios e hospitais. Os dados são exclusivos e foram obtidos por Universa por meio da Lei de Acesso à Informação.