É preciso ter responsabilidade diante desse cenário brutal de mulheres sob a iminente ameaça da misoginia
(Folha de S.Paulo | 16/10/2020 | Por Djamila Ribeiro)
Na sexta passada, quem estava em Sergipe assistindo à TV viu, várias vezes, reproduzido o vídeo de um homem que flagrava outro estuprando uma
menina de 11 anos. Munido de uma faca, o agressor correu ao passo que a criança gritou notando a presença de um terceiro.
Só a descrição do vídeo já seria chocante, mas não bastou: emissoras mostraram o vídeo dezenas de vezes, sem cortes ou avisos de que seria uma cena de violência. Tanto a TV Sergipe, afiliada da TV Globo, como a TV Atalaia, afiliada da TV Record, transmitiram estupro em looping, prendendo a audiência aos gritos da criança.