Advogada lembra experiências dela e de amigas na carreira jurídica e acadêmica.
No início de março, uma Comissão Independente constituída pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, Portugal, entregou o relatório final sobre a análise de denúncias públicas feitas por 13 pesquisadoras e de mais 34 denúncias anônimas, reconhecendo a existência de “padrões de conduta de abuso de poder e assédio por parte de algumas pessoas que exerciam posições superiores na hierarquia do CES1.”
Dias depois da divulgação do documento, as 13 pesquisadoras divulgaram uma carta em que elogiaram o relatório da Comissão, pelo “rigor, detalhes e evidências” nele apresentados, virando, assim, “a página do negacionismo do assédio e do abuso de poder”. O material ali reunido, mais do que provas de um conjunto de fatos, segundo elas, eram “as histórias das nossas vidas”.
Em entrevista publicada mais recentemente, elas detalharam os fatos, oferecendo condições para que pudéssemos entender mais sobre o contexto em que eles aconteciam.
As violências e os assédios, segundo elas, eram parte intrínseca ao cotidiano acadêmico de interação e de trabalho com o “professor-estrela” e com outras pessoas que dispunham