Segundo o MPT, DF também sofreu com um grande número de casos de assédio eleitoral. Falta de legislação nacional favorece os assediadores
O número de casos de assédio sexual dobrou no Distrito Federal entre 2020 e 2022, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT). Em 2020, foram registrados 17 casos de assédio sexual. Ao final de 2022, 34, configurando aumento de 100%. Inicialmente, o MPT havia informado ao Metrópoles aumento semelhante nos casos de assédio moral. No entanto, o Ministério Público reviu o levantamento e constatou, na realidade, uma ligeira queda. Foram 329, 298 e 317 ocorrências em 2020, 2021 e 2022, respectivamente. Mesmo assim, os números são expressivos.
Em 2022, a coluna de Rodrigo Rangel, no Metrópoles, revelou os casos de assédio sexual na Caixa Econômica Federal. As denúncias derrubaram o então presidente da instituição, Pedro Guimarães.
No MPT, o caso da Caixa foi conduzido pelo procurador do Trabalho Paulo Neto. “Esses casos de repercussão nacional ajudam a jogar luz sobre esse tema”, comentou.