(O Globo) Diretora do Instituto Patrícia Galvão, entidade de defesa dos direitos da mulher, Jacira Melo avaliou que a condenação de Lindemberg Alves a 98 anos e 10 meses de prisão foi “exemplar”.- Foi exemplar para um caso que precisava ser exemplar. Um crime bárbaro, premeditado. Exemplar para os jovens, para mostrar que a relação de amor, de amizade, de paixão é uma relação de respeito.
Segundo ela, o tamanho da pena corresponde aos crimes que ele cometeu:
– O que ele disse no julgamento, que não havia premeditado, foi uma estratégia de defesa – afirmou, classificando o crime como “bárbaro”.
A militante feminista destacou que os jovens devem refletir sobre o fim trágico do caso de Lindemberg e Eloá Pimentel.
– Eram dois jovens no começo da vida. O que ele dizia que sentia não era amor. É posse. A não aceitação do fim do relacionamento. As jovens devem ficar alertas porque ciúme excessivo não é paixão. Essa possessão, esse machismo, não valem nada. Vamos para o século XXI.
Para Maria Amélia de Almeida Telles, da União de Mulheres de São Paulo, o resultado do julgamento já era esperado.
– É importante que se puna e enfrente essa questão da violência contra a mulher – declarou, acrescentando que ficou surpresa com o fato de Lindemberg não ter manifestado durante o julgamento que não tinha o direito de tirar a vida de Eloá.
Leia em PDF: Caso Eloá: ‘O que ele dizia que sentia não era amor. É posse’ (O Globo – 17/02/2012)
Leia mais: Caso Eloá: só alguns minutos, por Júnia Puglia (Nota de Rodapé – 15/02/2012)