(Johanna Nublat, da Folha de S.Paulo de Brasília) Até junho, toda mulher que der à luz na rede pública deve receber uma ligação para responder a perguntas como “foi bem atendida?” e “teve direito a acompanhante?”.
Portaria do Ministério da Saúde estabelece que serviços de saúde devem registrar o telefone do paciente na guia de autorização para qualquer internação na rede pública.
Quem não inscrever o telefone, não recebe pagamento pelo serviço, diz Helvécio Magalhães, secretário de atenção à saúde. Há, no entanto, a possibilidade de o paciente dizer que não tem telefone.
A ideia é que, nos meses seguintes ao parto, toda mulher receba a ligação da ouvidoria do ministério – esfera independente do serviço local, o que evitaria retaliações por críticas ao serviço. São 2,2 milhões as mulheres que dão à luz a cada ano.
“É um inquérito simples, mas que vai nos dar um panorama dos municípios e das maternidades. Vamos poder encaminhar os problemas para cada gestor tomar as providências”, diz.
Projeto piloto feito em 2011 numa maternidade em Porto Alegre chegou a uma aprovação de 88%. Magalhães não crê que vai se repetir a polêmica do cadastro de gestantes, em que feministas criticaram o registro obrigatório da gravidez. “É sempre operado com sigilo. Não terá confusão.”
Acesse em pdf: Governo fará enquete com mães sobre a rede pública (Folha de S.Paulo – 27/02/2012)