(Yahoo Notícias| 14/06/2022 | Por Edda Ribeiro)
“A sociedade foi construída em cima desse veneno”. Juliana Coutinho, de 29 anos, é moradora de Queimados, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Historiadora, ela sofreu diversas formas de violência de gênero. No início de um de seus relacionamentos, ela pensou ser algo sutil, como sugestões de usar roupas menos curtas ou trocar a cor do esmalte para algo menos ‘chamativo’.
“Fui me sentindo inferior, presa na pessoa pelo comodismo, laço amoroso e pela sensação de perda, e aí você começa a se perder”, desabafou. Com traumas pelo que viveu em situações de violência psicológica e moral no relacionamento, ela se privou de dar detalhes para esta matéria. “Violências psicológicas, Morais, cárcere privado e agressão”, foram os relatos listados por ela. Com ajuda de terapia e sendo acolhida por projetos sociais, Juliana hoje atua auxiliando outras mulheres.
Além de Juliana, outras centenas de mulheres sofrem do mesmo ‘veneno’ social citado pela moradora de Queimados. A Casa Fluminense, organização da sociedade civil que constrói agendas de políticas públicas, lançou indicadores de justiça de gênero sobre violência contra a mulher no estado do Rio de Janeiro.