Dando início ao fortalecimento do serviço gratuito de denúncias, acolhimento de mulheres e encaminhamento de denúncias, a ministra das Mulheres Cida Gonçalves incluiu na base de dados da legislação do canal conceitos como consentimento, stalking, importunação sexual e estupro de vulnerável
O Ministério das Mulheres anunciou nesta quarta-feira (15) que antecipou a reestruturação do Ligue 180, serviço telefônico gratuito que orienta mulheres vítimas de violência de gênero e faz encaminhamento de denúncias. A ação foi antecedida para atender às ocorrências de Carnaval, momento em que há aumento nas buscas por informações sobre violência sexual. Desde sua posse, a ministra Cida Gonçalves destacava que fortalecimento da Central de Atendimento à Mulher era uma de suas ações prioritárias à frente da pasta.
“Nosso objetivo é retomar o objetivo de criação do Ligue 180 como um canal de orientação e acolhimento das mulheres, e não apenas de denúncias”, diz a ministra em nota enviada a Marie Claire.
Uma das primeiras ações realizadas pela pasta foi a atualização da base de dados sobre a legislação e informações do canal. Foram incluídos termos que denominam diferentes tipos de violência de gênero, incluindo conceitos como consentimento, estupro de vulnerável, importunação sexual, violência sexual mediante fraude, estupro corretivo e stalking — que denomina os crimes de perseguição, ato considerado crime desde 2021.
Os termos destacados estão relacionados a crimes que demonstram aumento de ocorrências durante o período de Carnaval. “Ao ligarem para o 180, especialmente agora no Carnaval, as mulheres precisam ter informações e orientações adequadas sobre as violências que estão passando para que possam buscar e acessar a rede de serviços o mais rápido possível”, explica Denise Motta Dau, secretária de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.