Pensar em justiça reprodutiva é considerar que as mulheres não são apenas aquelas que irão gestar, parir e criar crianças. É considerar que as mulheres devem escolher
A vida das mulheres nunca esteve tão ameaçada quanto nos últimos quatro anos. O governo Bolsonaro, na figura da ministra Damares Alves, promoveu uma série de ataques às mulheres e meninas brasileiras.
Recordo, aqui, o caso da menina do Espírito Santo que teve seus dados vazados pelo MMFDH. Com essa movimentação vinda diretamente do poder executivo federal, a menina foi recebida aos brados de “assassina” por uma horda de pastores evangélicos na frente do hospital, onde passaria por uma interrupção de gestação garantida em lei.
Lembramos, ainda, da menina de 11 anos de Santa Catarina, que, em uma audiência judicial, expressava nitidamente que não desejava prosseguir com a gestação fruto de estupro, mas ouviu “aguenta mais um pouquinho” da juíza.