Número é de janeiro a abril. A Justiça considerada aborto legal quando a gravidez é resultado de estupro ou oferece risco à saúde da mãe
Seios inchados, dores de cabeça e sonolência foram os primeiros sintomas que Ana* sentiu. A mulher, de 35 anos, desistiu três vezes de fazer o teste de gravidez de farmácia por medo do resultado. Depois que o exame de sangue deu positivo, a manicure conta que viveu “os piores dias de sua vida”.
Ana* ainda não pensava em ser mãe quando a barriga começou a crescer. Ao se aproximar da sétima semana de gravidez indesejada, ela foi obrigada a reviver os traumas de dois meses antes, quando acabou abusada sexualmente em São Sebastião.
O caso ocorreu em agosto de 2017. A manicure estava voltando para casa, depois de sair de um bar, quando foi abordada por um homem. Ele a ameaçou com uma faca e a empurrou para um pequeno beco entre duas casas. Ana* conta que o estupro de 10 minutos deixou traumas para uma vida inteira.