Desigualdade de renda no Brasil tem gênero e raça
No início de maio, a Câmara de Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 1.085/2023, que prevê igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função. O texto, enviado ao Congresso pelo Poder Executivo, estabelece também multa a empregadores, caso seja comprovada discriminação por motivos de gênero, raça ou etnia na definição da remuneração de seus funcionários.
Caso aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Lula, o PL pode começar a corrigir distorções salariais no mercado formal, onde trabalham 52% dos empregados brasileiros.
É um primeiro passo para mudar um cenário de profunda desigualdade, no qual a média de rendimento de mulheres negras, em todos os níveis de escolaridade, não chega a 60% da renda de homens brancos. Eles também estão em maior proporção na categoria de trabalho com melhor remuneração e no topo do ranking salarial de todas as ocupações.