Matéria sobre o caso de juíza de Santa Catarina que induziu menina de 11 anos grávida após estupro a desistir do aborto foi produzida pelas jornalistas Bruna de Lara, Tatiana Dias e Paula Guimarães
A Fundação Gabo anunciou os 50 trabalhos indicados para o Prêmio Gabo 2023, dez para cada uma das cinco categorias da premiação. Nove dos projetos são brasileiros, além de um outro trabalho feito em colaboração com jornalistas de diversos países, incluindo o Brasil.
Na categoria Áudio, está entre os indicados o podcast Projeto Querino, da Rádio Novelo, que conta a história do Brasil de um ponto de vista afrocêntrico. Também integra a lista o podcast UOL Investiga – Polícia Bandida e Clã Bolsonaro, sobre a ligação do ex-presidente Jair Bolsonaro e sua família com policiais acusados de homicídio e corrupção no Rio de Janeiro.
Em Fotografia, concorre a foto Gólgota, de Ian Cheibub, para a Folha de S.Paulo, que retrata a pluralidade evangélica no Brasil. Também está entre os indicados a série de fotos de Gabriela Biló, da mesma Folha de S.Paulo, sobre os atos antidemocráticos da invasão da Praça dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro deste ano. Por fim, mais uma série de fotos indicadas, Resistência, de Lalo de Almeida, também para a Folha, sobre como os povos indígenas reagiram às ameaças das políticas destrutivas do governo Bolsonaro.
Na lista da categoria Texto está a reportagem As joias de Bolsonaro, de André Borges e Adriana Fernandes, do Estadão, sobre o complô orquestrado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para reter ilegalmente 3 milhões de euros em diamantes recebidos da Arábia Saudita.
Em Cobertura, o Brasil está representado em três trabalhos:
A reportagem Em audiência, juíza de Santa Catarina induziu menina de 11 anos grávida após estupro a desistir do aborto, de Bruna de Lara, Tatiana Dias e Paula Guimarães, do Portal Catarinas/The Intercept, que denuncia a violação do direito ao aborto de uma menina de 11 anos, vítima de estupro;
A matéria Metade do patrimônio do clã Bolsonaro foi comprada com dinheiro vivo, de Thiago Herdy e Juliana Dal Piva, do UOL, que mostra que pelo menos 51 dos 107 imóveis adquiridos pela família Bolsonaro desde 1990 foram comprados à vista;
E a reportagem Nomeie os meninos, da Repórter Brasil, sobre os problemas ambientais e trabalhistas que envolvem dez dos principais pecuaristas do País.
O Brasil também está representado na reportagem Viagem ao centro da Odebrecht e Lava Jato, feito em colaboração com jornalistas de nove países da América Latina, que revisaram o andamento do caso Lava Jato e Odebrecht e constataram que a impunidade prevalece.
Os finalistas serão anunciados na próxima semana, e os vencedores, na cerimônia de premiação do Prêmio Gabo, em 30 de junho, em Bogotá, durante o 11º Festival Gabo. Confira a lista completa dos indicados aqui.