Foi a partir da Lei Maria da Penha em 2006 que o debate sobre a violência contra as mulheres ganhou outro patamar, permitindo o avanço de estudos e pesquisas sobre seus diferentes contextos e a amplitude de suas consequências.
A Organização Mundial da Saúde já considerou a violência contra as mulheres problema de saúde pública, que atinge mais de um terço da população feminina de todo o mundo e resulta em consequências físicas, sociais, econômicas, além de psíquicas e emocionais.
Ainda assim, há um longo caminho para a compreensão da violência contra as mulheres como fator de risco para sua saúde mental, o que se reflete na deficiência de políticas públicas específicas e eficazes.
A percepção pública sobre a violência doméstica, por exemplo, continua muito restrita à ocorrência de agressões físicas, sobretudo aquelas que deixam marcas aparentes como hematomas ou escoriações.