Encontra-se disponível para download gratuito a cartilha “Justiça Reprodutiva e Religião: algumas ideias”, produzida pela organização feminista Católicas pelo Direito de Decidir (CDD). A publicação busca promover reflexões sobre a justiça reprodutiva em diálogo com as questões religiosas do campo cristão.
A justiça reprodutiva é uma perspectiva introduzida por pensadoras negras norte-americanas e que ganhou destaque na década de 1990, a partir da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, realizada no Cairo. De base interseccional, a justiça reprodutiva busca descolonizar e racializar o debate sobre direitos reprodutivos, levando em consideração dimensões como raça/etnia, gênero, classe social, sexualidade etc.
A cartilha foi escrita por Carla Angelini, Letícia Rocha e Priscila Kikuchi, integrantes da equipe de CDD, e conta com diagramação e ilustrações da artista paulistana Daphne. Com linguagem acessível, a publicação busca popularizar os debates sobre justiça reprodutiva e religião e promover reflexões por meio de atividades a serem desenvolvidas em grupos, coletivos, comunidades etc.
Além disso, a publicação também busca marcar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, celebrados em 25 de julho. As datas marcam a luta das mulheres negras e indígenas, denunciando o racismo, as violências e as discriminações históricas, e reivindicando o direito ao Bem Viver.
Sobre Católicas pelo Direito de Decidir
Católicas pelo Direito de Decidir (CDD) é uma organização social brasileira fundada no Dia Internacional da Mulher de 1993. O grupo é composto por católicas feministas que há 29 anos lutam pelos direitos sexuais e direitos reprodutivos das meninas e mulheres no Brasil, sempre apoiadas na prática da teologia feminista para promover mudanças sociais, especialmente nos padrões culturais e religiosos.