Mulheres negras são quase metade de jovens de 15 a 29 anos que gostariam de estudar ou trabalhar, mas não conseguem
Mulheres negras são quase metade dos 2,4 milhões de jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham no Brasil, mas gostariam de trabalhar. O grupo demográfico mais afetado pela falta de oportunidade de trabalho e desenvolvimento educacional também representa três de cada quatro brasileiros na faixa etária que afirma que os afazeres domésticos e o cuidado de pessoas os impedem de procurar emprego ou frequentar instituições de ensino.
A pesquisa revela ainda que uma a cada sete mulheres negras entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham estão abaixo da linha da extrema pobreza, pois vivem com menos de R$200,00 per capita por mês.
Mulheres brancas também apontam o trabalho não remunerado como limitador de estudo ou de participação no mercado. Elas representam um de cada cinco jovens de 15 a 29 anos que afirmam que esse é o principal motivo para não procurar emprego ou educação formal.
Esse tipo de atividade, porém, não é, nem de longe, o motivo que impede os homens jovens de trabalhar ou estudar, uma vez que afazeres domésticos e cuidado de pessoas afastam dois de cada 100 homens negros do trabalho remunerado e do estudo e um de cada 100 homens brancos.