Levantamento realizado pelo Infojobs ainda informou que 45% não contam com rede de apoio ou ajuda de parceiros. Situações de assédio e desigualdade salarial também foram medidas.
Uma pesquisa realizada pelo Infojobs e antecipada ao g1 apontou que 83% das mulheres afirmaram que vivenciam a dupla jornada de trabalho, com a realização de atividades domésticas e serviços de cuidado com crianças e familiares idosos.
Desse total, 45% dizem não contar com uma rede de apoio ou com a ajuda de parceiros. A pesquisa foi feita entre fevereiro e março deste ano, com a participação de 742 pessoas que se identificam com o gênero feminino, de 18 a 60 anos.
O cenário reflete bem as condições de vida da população feminina brasileira e são corroborados até pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo os dados mais recentes do instituto, por exemplo, das quase 7 milhões de mulheres entre 15 e 29 anos não estudavam nem estavam ocupadas em 2022, 36,5% afirmaram que não buscaram trabalho porque precisavam cuidar dos afazeres domésticos ou tomar conta de parentes.
Processo Seletivo
Ainda segundo a pesquisa do Infojobs, apesar da evolução em comparação a 2023 (78%), sete em cada 10 mulheres ainda acreditam que já perderam alguma oportunidade de emprego apenas por causa do seu gênero.
Nesse cenário, 58% também dizem que já enfrentaram situações invasivas ou subjetivas durante um processo seletivo, com perguntas ou situações cujo foco não era apenas suas habilidades profissionais.