Instituto Guttmacher relatou aumento da proporção de interrupções medicamentosas em relação ao total de abortos, de 63% em 2023, contra 53% em 2020
Quase dois terços (63%) dos abortos feitos nos Estados Unidos em 2023 foram realizados com remédios, mostrou uma pesquisa do Instituto Guttmacher, um centro que defende o direito das mulheres à interrupção voluntária da gestação.
Divulgados nesta terça-feira (19), os resultados do estudo vêm uma semana antes de uma audiência na Suprema Corte sobre o restabelecimento, por parte de um tribunal de apelações ultraconservador, das restrições de acesso à pílula abortiva.
O Instituto Guttmacher relatou um novo aumento da proporção de abortos médicos em relação ao total de abortos praticados no sistema de saúde oficial: 63% em 2023, contra 53% em 2020, o que pode ser explicado pelo maior acesso, principalmente ao envio de pílulas abortivas pelo correio, e à telemedicina, apontou em seu site.
As estatísticas não levam em conta “os abortos médicos que acontecem foram do sistema de saúde oficial, nem as pílulas abortivas enviadas pelo correio para estados onde a prática é proibida”, disse a organização.