‘Infância despedaçada’: meninas negras e pardas são as principais vítimas de estupro no Rio de Janeiro

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Foto: Freepik

13 de maio, 2024 g1 Por Thaís Espírito Santo

No mês destinado ao combate do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, série do g1 traz relatos de vítimas do crime que é considerado problema de saúde pública, mostra dificuldades em punir abusadores e dá informações de como identificar sinais e fazer denúncias.

Em apenas 1 ano, o Rio de Janeiro registrou quase 9 mil vítimas de estupro. Os dados, que são da soma de informações do Instituto de Segurança Pública (ISP) e do Disque 100, indicam que ao menos 1 denúncia de violência sexual foi feita por hora no estado.

Das 8.836 denúncias de abuso sexual registradas no Rio de Janeiro em 2023, 3.540 eram de crianças que tinham até 13 anos. Ou seja, 40% das pessoas que foram abusadas eram crianças. Os dados apontam ainda que o pico de violência sexual contra crianças está entre 11 e 13 anos.

Na semana do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes (18 de maio), o g1 preparou uma série de reportagens especiais que contam a história de vítimas, seus medos e superações.

O crime de abuso de vulnerável já é considerado um problema de saúde pública no país, de acordo com a Unicef, e há uma grande relutância da sociedade em admitir e falar abertamente sobre a temática.

Meninas negras e pardas: as principais vítimas

A violência tem um perfil definido, de acordo com dados do RJ — mas que se repetem no país inteiro:

  • 86% das crianças eram meninas;
  • 67% eram pardas ou negras;
  • Pai, mãe, padrasto e madrasta são os principais agressores durante a infância;
  • E a maior parte dos abusos acontece dentro de casa.

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