Defensoria de SP solicita ao STF ingresso em ação que discute norma do CFM para o aborto legal

03 de junho, 2024 Folha de S. Paulo Por Redação

Núcleo do órgão apresenta à corte casos de mulheres que tiveram o acesso ao procedimento dificultado após edição da resolução

A Defensoria Pública de São Paulo apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido de ingresso como amicus curiae (amigo da corte) na ação que discute a suspensão de uma resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) que restringia o aborto legal acima de 22 semanas de gestação.

Autor da solicitação, o Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (Nudem) do órgão apresenta à corte dois casos de mulheres que tiveram o acesso ao aborto legal dificultado após a edição da norma e sustenta que qualquer proibição ou restrição ao direito é ilegal e inconstitucional.

As defensoras públicas que assinam o pedido de ingresso ainda afirmam que, ao publicar a resolução, o CFM teria desconsiderado que a busca pelo procedimento em fases mais avançadas da gravidez costuma ocorrer entre mulheres, meninas e adolescentes em situação de maior vulnerabilidade, que muitas vezes desconhecem os sinais de uma gestação ou então o que diz a lei sobre o tema.

O número reduzido de serviços que oferecem o acesso à interrupção legal no país também é lembrado pela Defensoria como um fator que faz com que, muitas vezes, mulheres vítimas de estupro cheguem aos equipamentos de saúde quando a gestação já está mais avançada.

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