Mulheres e negros ainda são minoria na escalada do Brasil

13 de junho, 2024 Folha de S. Paulo Por Redação

Apesar de as melhores marcas em provas internacionais serem femininas, maioria dos praticantes ainda é masculina

O Censo da Escalada 2023, que acaba de ser divulgado pela Abee (Associação Brasileira de Escalada Esportiva) traz zero surpresas para quem conhece os caminhos das roças, trilhas e montanhas do país. Segundo apurado pela entidade, 70,7% dos praticantes do esporte são brancos, 67,3% são homens e 86,4% são das regiões sul e sudeste.

“É, já era de certa forma esperado”, admite Neudson Aquino, porta-voz da Abee, conjeturando que a predominância regional pode se dever ao fato de seus estados terem recebido mais imigrantes de países europeus com maior cultura de montanhismo.

“Agora, a predominância do homem branco”, acrescenta, “tem duas questões, que são o fato de se ter a noção, na comunidade, de que o homem é mais forte, logo mais apto para a escalada, de um lado, e que, por ser um esporte um pouco caro para se começar, acaba por afastar pessoas de renda mais baixa, o que afeta mais os negros”.

Que o diga a montanhista Aretha Duarte, primeira mulher negra latino-americana a chegar ao cume do Everest, em 23 de maio de 2021. Ela, que precisou fazer uma vaquinha virtual que a levou até ao quadro The Wall do programa do Luciano Huck para realizar seu sonho de escalada.

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