Desigualdade social pode explicar maior mortalidade de câncer de mama em mulheres negras, por Sheila Coelho Soares Lima

19 de julho, 2024 The Conversation Por Sheila Coelho Soares Lima

O que vem à sua cabeça quando ouve falar em câncer? Para muitas pessoas, a palavra ainda é sinônimo de uma doença terrível, que assusta e afeta a vida não só do paciente mas de todo o seu núcleo familiar. Hoje sabemos que existem diferentes tipos de cânceres, não apenas pelos órgãos e tecidos que são afetados, mas também pelos níveis de agressividade. Conhecemos mais possibilidades de tratamentos e sabemos quais são as populações mais comumente afetadas.

Do ponto de vista epidemiológico, molecular e clínico, o estudo do câncer permitiu uma melhor compreensão da doença e tem possibilitado tratamentos cada vez mais específicos e individualizados. É a chamada “medicina de precisão”. O que antes era visto como uma sentença de morte, hoje já tem saídas. Pelo menos em muitos casos.

Por que, então, tantas pessoas ainda morrem de câncer? Há diferentes respostas para essa pergunta. Muitos casos são descobertos quando a doença já está bem avançada, o que diminui bastante as chances de cura. Esse diagnóstico tardio, por sua vez, pode estar associado a diferentes fatores, desde à própria característica da doença, já que alguns tipos de câncer demoram a apresentar sintomas ou não possuem sintomas específicos, até à dificuldade de acesso ao sistema de saúde.

Além disso, o acesso, ou a falta dele, também afeta a oferta de tratamentos mais específicos e a adesão aos tratamentos. E, do ponto de vista molecular, diferentes alterações podem resultar no desenvolvimento de cânceres de comportamento biológico mais agressivos ou cânceres para os quais os tratamentos disponíveis não são tão eficazes.

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