Me Too recebeu denúncias contra o ministro; em nota, Silvio Almeida nega as acusações e aciona órgãos para apurar o caso
O Ministério das Mulheres se pronunciou, nesta sexta-feira (6), sobre as denúncias de assédio contra o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, divulgadas na última quinta-feira (5) com exclusividade pelo portal Metrópoles. Em nota enviada a imprensa, o órgão diz que tal conduta é “inadmissível” e reforça que o caso está sendo apurado pela Comissão de Ética da Presidência da República.
No comunicado, o Ministério ainda garante que a palavra das mulheres terão sempre seu “crédito e respeito” e que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada.
Entenda o caso
O Me Too Brasil recebeu denúncias contra o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, sobre supostos episódios de assédio sexual. A organização, que acolhe e protege mulheres vítimas de violência, confirmou o ocorrido em nota oficial enviada à imprensa, mas sem revelar as identidades das denunciantes por garantirem o anonimato.
“A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e Cidadania. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico”, diz o comunicado divulgado na última quinta-feira (5).
Inicialmente, a existência das denúncias foi revelada pelo colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. Segundo o veículo, a ministra Anielle Franco seria uma das vítimas e teria relatado episódios de assédio por parte do ministro. A colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, também confirmou as informações e disse que tentou contato com a ministra em julho. Na época, ela não negou e nem confirmou as informações.
Em nota oficial, Silvio Almeida se referiu às denúncias como “ilações”. O ministro também informou que acionou a Controladoria Geral da União, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Procuradoria-Geral da República para investigar o caso.
“Quaisquer distorções da realidade serão descobertas e receberão a devida responsabilização. Sempre lutarei pela verdadeira emancipação da mulher, e vou continuar lutando pelo futuro delas. Falsos defensores do povo querem tirar aquele que o representa. Estão tentando apagar a minha história com o meu sacrifício”, diz o responsável pela pasta.