Segundo a ONU, cerca de 230 milhões de mulheres e meninas vivem como sobreviventes dessa prática
Na semana passada (06/02) ocorreu o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. Considerada pela ONU (Organização das Nações Unidas) como uma violação dos direitos de mulheres e meninas à dignidade, saúde e autonomia de seus próprios corpos, essa prática está presente em cerca de menos 90 países e quatro continentes.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, disse que a erradicação da mutilação genital é urgente e uma meta possível de se alcançar. Além disso, o Guterres afirmou se tratar de uma das manifestações mais brutais de desigualdade de gênero, causadora de danos físicos e mentais profundos, destacando que a prática pode até mesmo levar à morte.
De acordo com a ONU, apenas em 2025, mais de 4 milhões de mulheres enfrentam o risco de serem submetidas a mutilação genital. A organização também aponta para mais de 230 milhões de meninas e mulheres vivendo como sobreviventes dessa prática e alerta que, se nada for feito nos próximos 5 anos, podemos ter mais de 27 milhões de vítimas da mutilação genital no mundo.