Se o Brasil cuidasse de suas mães, revogaria a lei de alienação parental, por Cristina Fibe

09 de maio, 2025 UOL Universa Por Cristina Fibe

Você sabia que, no Brasil, não se pode garantir que a Justiça seja o melhor caminho para uma mãe proteger o seu filho de uma violência sexual?

Sabia que existem mães que estão proibidas de ter contato com os seus filhos porque denunciaram abusos que eles sofreram dentro de casa?

Pior: há crianças sendo entregues nas mãos dos seus violadores por ordem judicial. Sozinhas, sendo possivelmente estupradas repetidas vezes, impedidas de contar com a proteção das mães, e tudo isso com respaldo legal. Às vezes, durante anos.

Você vai dizer que é impossível, porque todo ato sexual com bebês e crianças menores de 14 anos é crime previsto no Código Penal, e portanto é só denunciar.

Mas não é tão óbvio. O estupro de vulnerável é um crime de difícil comprovação material, e existe uma lei, assinada pelo presidente Lula em 2010, que serve diretamente para o contra-ataque dos abusadores. É a lei de alienação parental.

Sob a justificativa de proteger crianças de abusos morais em processos de separação, quando um dos genitores poderia tentar impedir a boa convivência do filho com o ex, essa lei gera outra violência muito mais grave — e institucionalizada.

Cheia de critérios subjetivos, enfraquece ferramentas de proteção, cria mais um entrave às já subnotificadas denúncias de violência sexual e encurrala mulheres num labirinto jurídico que, muitas vezes, não tem saída.

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